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A HISTÓRIA fala de que os líderes foram mortos pela Frelimo


 *A HISTÓRIA fala de que os líderes foram mortos pela Frelimo*


A história tem um fundo de verdade, e essa parte da história é bastante delicada e importante. Vamos por partes:

 *Contexto da Época*

Quando a FRELIMO foi criada a partir da fusão da UDENAMO, MANU e UNAMI, havia *muita rivalidade interna* entre os líderes desses movimentos. Nem todos concordavam com a liderança única ou com a direção que Eduardo Mondlane (primeiro presidente da FRELIMO) queria dar à organização.


*Conflitos e Eliminações Internas*

Durante a luta de libertação e depois da independência, *ocorreram várias purgas (expulsões e até mortes)* dentro do movimento. Vários líderes e membros que discordavam ou questionavam o rumo da FRELIMO foram:


- *Perseguidos*

- *Presos*

- *Mortos em circunstâncias estranhas*

- *Exilados ou silenciados*


Casos emblemáticos

- *Uria Simango* (ex-vice-presidente da FRELIMO): Foi expulso, considerado traidor e *executado* anos depois, já após a independência.

- *Lázaro Nkavandame* (ex-líder da MANU): Acusado de traição por colaborar com os portugueses e acabou afastado.

- Muitos outros quadros históricos simplesmente desapareceram dos registos oficiais ou foram apagados da história contada pelo regime.


 Resumo:


Sim, *muitos fundadores e líderes dos três movimentos que formaram a FRELIMO foram afastados, presos ou mortos* pelo próprio regime, especialmente quando divergiam da liderança dominante. O objetivo era manter o controlo total e evitar divisões internas durante a luta — mas isso deixou *muitas feridas históricas* ainda hoje mal resolvidas em Moçambique.


Uria Simango auto-biografia


 | THE DELAGOA BAY REVIEW](https://delagoabayword.wordpress.com/category/historia-mocambique/uria-simango-auto-biografia/)Claro! 

Vamos aprofundar um pouco mais na história de Uria Simango e Lázaro Nkavandame, dois dos principais dissidentes da FRELIMO durante e após a luta pela independência de Moçambique.


🕊️ *Uria Simango – O Reverendo Dissidente*


*Uria Timóteo Simango* foi um dos fundadores da FRELIMO e serviu como vice-presidente desde a sua formação em 1962 até a morte de Eduardo Mondlane em 1969. Após a morte de Mondlane, Simango assumiu a liderança da FRELIMO, mas enfrentou resistência interna. Em 1969, a liderança foi dividida entre Simango e os marxistas Samora Machel e Marcelino dos Santos, formando um triunvirato. No entanto, em 1970, Simango foi expulso do Comitê Central e passou a liderar o *PCN (Partido da Coligação Nacional)*, um movimento dissidente que defendia a democracia multipartidária e criticava a linha dura da FRELIMO.


Após o golpe militar português de 1974, Simango retornou a Moçambique, mas foi preso em 1975 e forçado a fazer uma confissão pública de traição. Ele e outros líderes do PCN foram secretamente executados entre 1977 e 1980, e a data exata da sua morte é desconhecida. Sua esposa, Celina Simango, também foi executada após 1981.


🛡️ *Lázaro Nkavandame – O Nacionalista Maconde*


*Lázaro Nkavandame*, também conhecido como Lázaro Kavandame, foi um destacado líder da UNAMI (União Nacional Africana de Moçambique Independente), um dos movimentos que se uniram para formar a FRELIMO. Ele era originário da região Maconde e desempenhou um papel significativo na mobilização e organização da luta pela independência.


Após a fusão dos movimentos, Nkavandame foi marginalizado pela liderança da FRELIMO, que passou a ser dominada por Samora Machel e Marcelino dos Santos. Embora não haja muitos detalhes sobre o seu destino, acredita-se que ele tenha sido afastado e silenciado pelo regime da FRELIMO após a independência.


⚖️ *Conclusão*

A história de Uria Simango e Lázaro Nkavandame ilustra as tensões internas e as purgas que ocorreram dentro da FRELIMO após a independência. Ambos os líderes foram marginalizados e silenciados por discordarem da linha dura do regime de Samora Machel, apesar de terem sido figuras-chave na luta pela independência de Moçambique.

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